quarta-feira, 17 de setembro de 2008

HIPERTEXTO: Porta para um novo ambiente.

HIPERTEXTO: Porta para um novo ambiente.

Antonio Luis Oliveira Rocha

Quem nunca se deparou com um termo desconhecido na leitura de um texto, e que para compreendê-lo sentiu a necessidade de abrir um dicionário ou buscar em outras fontes bibliográficas a sua compreensão? Acredito que todos os leitores já se depararam com esta situação.

Para a escrita digital, alguém teve a brilhante idéia de minimizar ou mesmo eliminar este incômodo, ao criar um mecanismo que a partir de um simples clique do mouse em cima de uma palavra, frase ou imagem, fazia com que o leitor mergulhasse pelo texto em busca do seu melhor entendimento. Eis uma das grandes possibilidades disponibilizadas pelo hipertexto.

De acordo com Landow, o termo hipertexto foi definido em primeira mão por Ted Nelson no início dos anos 60, significando uma "escrita/leitura não-seqüencial, não-linear", a definição de escrita não seqüencial apresentada pelo mesmo autor é um texto com vários caminhos que permite que os leitores façam escolhas, e que são melhores lidos numa tela interativa. “Popularmente, são concebidos como uma série de pedaços de textos conectados por links que oferecem ao leitor diferentes caminhos.”.

Segundo Pierre Lévy (1993), tecnicamente, um hipertexto é um conjunto de nós ligados por conexões. Os nós podem ser palavras, páginas, imagens, gráficos ou parte de gráficos, seqüências sonoras, documentos complexos que podem eles mesmos ser hipertextos. E são justamente esses nós que permitem a supressão da linearidade e da hierarquia das páginas no processo de leitura, pode-se dizer que o acesso das páginas segundo a sua distribuição no sistema hipertextual, é feita de forma subversiva, mas uma subversão no sentido de não obedecer a uma seqüência lógica das informações contidas em um determinado arquivo, ou seja, o leitor pode clicar somente quando sentir necessidade de conhecer algo a mais na página explorada.

REFERÊNCIA:

LANDOW, George P. O Hipertexto: introdução e características. Disponível em: http://www.unb.br/fac/ncint/site/parte31.htm. Acessado em 16/09/2008.

LÉVY, Pierre. As tecnologias da inteligência: o futuro do pensamento na era da informática. Rio de Janeiro, Ed. 34. 1993.

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